Mar II
De novo, o meu estado de espírito reflectido na paisagem do mar. Hoje, sob um céu plúmbeo e encoberto, o mar era uma planície inóspita, numa revolta encrespada. O infinito do mar e a linha do horizonte confundiam-se, numa névoa encanecida, comungante em todo o meu sentimento. De súbito, uma pequena nesga no céu. Um raio de sol que espreita e deslumbra. Surge um cardume feérico, de centelhas, de peixes prateados que deslizam com a fenda aberta no firmamento. E eu a sonhar com o teu abraço de palavras, apertado e lascivo, um amplexo pleno de volúpia verbal, que preencha o baldio do meu sentimento. Ah...
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1 Comments:
Concordo! O mar consegue branquear algumas das manchas negras da nossa alma...a floresta enverdece partes secas do nosso coração...Obrigada
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